Das Noites
Esquecidas
No
acaso dos dias quando o sol ainda vaga perambulando no céu escolhendo as nuvens,
revejo as minhas escrituras esquecidas ao longo do tempo.
O meu
olhar de mãos dadas ao meu coração revê as papeladas, por onde meus pés vagaram
no aprendizado incansável das noites esquecidas.
Revejo as escrituras amareladas pelo tempo, o pó marcando as linhas e a caligrafia dançando sob meus olhos brilhando. Um aviso vejo nas linhas com misericórdia, tenho ali a sabedoria necessária para levar na estrada que se descortina.
Impressiona-me
a própria jornada as folhas amareladas lembram a cor do outono, ainda que lá
fora seja presente e o sol corre solto neste inverno alto, o passado hoje me
faz rir das aulas aprendidas tão necessárias no agora.
O dia
se solta já encolhendo nas quenturas do sol as horas são rápidas folheando o
passado nas escrituras. A noite chega surpreendendo, anotei tal qual anoitece
os meus alicerces para reutilizar neste agora e facilitar a jornada.
Adicionei
os mesmos salmos da leitura maior, a sabedoria do livro da cabeceira é preciosa
o espírito flui na minha alma. Eu descubro novamente como estarei vestida e
calçada, bem como o que levar na minha bolsa.
No
final da jornada deve valer o aprendizado difícil e a lição novamente revisada.
Coloco
as estrelas no casaco a lua ilumina meu livro e volto meu olhar na estrada,
serena sigo em frente de mãos dadas com minha alma.
Marli Franco
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