"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Arquétipo Selvagem

Arquétipo Selvagem

Quero meu íntimo livre na palma da minha mão
A olhar o espaço que desfila nas vasta imensidão
Onde as sílabas são contrastes de branco e preto
Esmaltando a noite e o dia sem fase de lamento.

Quero mãos de asas livres nas cíclicas ondulações
O pensamento vagando arrojado sem perturbações
Na sonata do silencio de vanguarda no meu coração
Recebendo as censuras amanhecidas da vaga ilusão.

O arquétipo selvagem traz a voz craquelada das brumas
Abrange as noções da ilusão, inacabadas como espumas
A transparência, despercebida no canto da inconsciência

O rumo assenta os ladrilhos no painel do reino do nada
Nos papéis da criação a laçada dos fractais de luz flagrada
Entrega empírica do ser na inclinação de uma só valência .

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Guardiões do Templo

Guardiões do Templo

 
Existe um limite sútil no templo vasto da filosofia.
As estrelas em consonância revelam a sabedoria ,
Joga os sim tão mansos e crispa os nãos rasos.
Nada fica fora da linha no horizonte do acaso.

Dar passos acompanhando a euforia do vento
É seguir as horas penduradas no alinhamento.
O livre sim confabula fantasias e os desejos,
O corpo flexível revela a visão de um lugarejo .

A querência é a cerca elétrica da afetividade.
Os choques sempre permeiam a realidade
São rincões de estática coloridas e sensitivas.
No canto da noite as horas são figurativas.

O sol olha o vento e parece tão matreiro,
Faz caretas do acaso como um arruaceiro.
Enquanto eu vou com pensamentos e passos,
Sorrindo aos guardiões do templo no compasso ...
Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

Cogumelos Profetas


Cogumelos Profetas

Os braços da realidade são feitos de papel de seda.
Como a derme craquelada pelo sol em labareda,
Depois aspergida na voz do cometa selvagem.
Um sopro rasga o papel, como em uma aragem
Sangra a derme, seca nasce o perdão ao planeta.
A nova estrada é feita de cogumelos profetas.
O mundo é como um novelo de lã bagunçado,
Desfeito por gatos pensativos em ego obstinado.
A guerra é marca da idiotice da humanidade,
A miséria faz parte da inércia das mãos, ferocidade.
E a barriga saliente cheia de vermes entalado,
Aparece no retrato emoldurado da negligência
Dos abastados, descansados na rede da inadimplência.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®