"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Conto * A Guardiã dos Livros e o Conde -- Capitulo II- O Condado



A Guardiã dos Livros e o Conde

Capitulo II- O Condado

No século do âmbar no ano da gema 1 assinalava o tempo no relógio de ampulheta...
O dia amanheceu silencioso no meio das ervas daninhas,o passo leve da sabedoria da guardiã do condado não tinha pressa era calmo.
Os pensamentos queriam correr , mas ela colocava temperança e a cada passo as ervas daninhas transformavam-se em lírios sorrindo ao sol.
Um dia de renovação.Mudanças no condado ,novas regras a serem lançadas e a vida continuaria igual , mas um novo caminhar mudaria toda cor da luz e a guardiã Gema também mudaria, sabia por instinto que renasceria.
No centro do condado havia o castelo do Conde. Um personagem enigmático que andava sempre com um séquito de admiradores,ele caminhava por todos os lugares querendo sempre saber a plenitude da vida no povoado e sobre suas propriedades.
O Conde na sua nobreza tinha olhos perfeitos de um gavião ,mas na alma era como um narciso à beira do lago.
Ele acompanhava o passeio de Gema, olhava mas logo seguia seu passo dentro das botas da realeza .
A guardiã observava quem seguia os ensinamentos da cura, as que cuidavam da organização do condado, quem fazia os inventos alimentares , o armazenamento da comida, a colheita e o plantio, a água e todas necessidades para vida ser sustentável. Haviam muitos aprendizes para tudo ficar em equilíbrio bastava um olhar silencioso e amplo para ver que o condado desde a chegada de Gema seguia um rumo bem melhor e com certeza isto estava a olhos vistos até mesmo para o Conde...
O Conde tinha o dinheiro em seu mundo e lá a guardiã não chegava mas observava bem sua caminhada nas ruelas do condado, seu passeio quando descia do castelo era sempre obscuro,havia intenções subiliminares e elas chegavam em palavras cortadas junto com o séquito que se arrastava ao seu redor.
Mas nada disso importava a não ser o dia silencioso quando ela voltada para si , seria levada para o seu mundo real, pois este não lhe dava o sustento para a vida na total existência.O condado era só um descanso assim como o Conde era um mito para ser apreciado apenas...
Enquanto isso a guardiã Gema tinha que ficar centrada ,pois as pedras místicas realizariam a transmutação e mostrariam sua ira caso o destino não fosse acertado. 
Marli Franco
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Conto * A Guardiã dos Livros e o Conde -- Capítulo I – A Biblioteca





A Guardiã dos Livros e o Conde
Capítulo I – A Biblioteca


Em um mundo além do olhar concreto havia um condado enfeitiçado, criado a partir de partículas perdidas do pensamento que pairava vagando sem rumo na boca dos livros antigos.
O condado ficava bem escondido na biblioteca do centro, e o tempo lá era bem diferente do tempo em nossa dimensão. Lá no século cor de âmbar e o ano gema 1.
A porta para entrar neste mundo ficava atrás da coluna dos livros dos pensadores ,era só encostar a palma da mão pintada de azul que a porta se abria como uma janela ao sol ,a luz irradiava e tragava para dentro quem ali estivesse.
E assim começa nossa estória com uma trabalhadora da biblioteca , sem muito pensar a nossa personagem , que enquanto limpava os livros esqueceu de limpar a própria mão  quando usou de uma caneta na recepção da biblioteca.Gostava do seu trabalho e como havia visto o relógio assinalar seu atraso saiu correndo limpar os livros antes que o tempo fugisse do seu controle.Sem nada saber , a não ser que amava sua profissão de bibliotecária tomou um golpe do destino quando os livros se abriram e a sugaram para dentro do condado.
No primeiro momento o pânico surgiu, depois sua linha pratica de ordem foi verificar o que estava acontecendo e tentar resolver a situação.O seu nome era Ameg e no instante que adentrou neste mundo reverso percebeu que em primeiro lugar ela recebia o novo nome: a guardiã Gema( seu nome era um anagrama) e nada podia fazer pois o nome foi tatuado em seu pulso assim que caiu dentro do condado.Uma tatuagem em forma de pulseira em cada gema uma letra.
A sua roupa também foi alterada, estava enfiada nas roupas cheias de detalhes como uma perfeita guardiã com símbolos de fênix em dourado . Ameg se viu girando e assumindo as tarefas rotineiras zelando pelo povoado.
No ângulo real ,fora do condado, tudo continuava parado no tempo , a guardiã descobrira que o condado nada mais era do que uma fuga de pensadores , para um mundo imaginário onde a existência poderia tirar férias e ficar experimentando soluções inviáveis.E assim ela também poderia tirar estas férias e como precisava então porque se privar se até os pensadores se deram a este prazer...
Marli Franco
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