Verbo Amar
Nos olhos da noite a íris da luz debrua
O azul noturno desliza na lua, flutua
Sombras, nuvem esparsa desperta
A palavra que acua na fonte liberta.
Nos olhos do dia, a esclera abre caminhos
A aurora espargindo dourados carinhos
Os pássaros azulados movendo cenografias
Com rasantes beijos nas flores quais utopias.
O perfume vespertino inspira e inebria
Traduz com sutileza o sentir que descortina
Alma aponta o cristalino da palavra divina.
Nas mãos do crepúsculo a ilusão contagia
A ponta dos dedos move a espuma do mar
A retina é criativa, profundo é o verbo Amar.
Marli Franco
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