Latitude Imaginária
Nas mãos as luvas de brumas das sensações
O sussurro da voz enfeita sombras no coração
O meu olhar em quadriláteros no lume da lealdade
O murmúrio do vento agita sem senso minha flexibilidade.
Um queixume de querência no movimento dos olhares
Nas mãos o vão do pensamento abrasa rios solares
Absorvem em fração de segundos as percepções desejadas
Inevitáveis fractais de espelhos no fio da noite estrelada.
A fronteira da verdade íntima sutil resplandece
Ilumina o vitral real do que em mim permanece.
O passado na latitude imaginaria floresce no presente.
Luzes multicoloridas incidem em cada quimera
O vidro decifra a sutileza na rotação da janela
Excêntrica visão a sombra da solidão é luminescente.