"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


A Estese



A Estese


Quando o céu fica mais azul , as nuvens em cirandas encantam..
O mar silencia movimentos, boiando sonhos em maresias circulam.
Um jardim azulado na boca do pensamento traz o Mecenas no ádito.
Deposita em meus lábios a gota de orvalho que escorre no ato erudito...


Quando o perfume secular da vida é armazenado na casta ânfora,
Um sonho de fantasia traz um unicórnio para inspirar a estese da Aurora.
Um perfume de madressilvas se solta no ar a coordenar clarões do solar,
A menção do Amor faz fractais se unirem em um brilho cintilante do olhar.


Então é a hora de sair do círculo das densas brumas com pausas mansas.
Receber o calor do sol e deixar o espírito da fênix ressurgir das andanças.
Em intensa luz do alvorecer ,se entregar livre ao cosmo mais uma vez...


E assim na ventura maior ver a orquestra do dia nascer no mirante.
Deixar o céu com todo seu azul banhar-me de Amor em onda sonante.
Esperar você chegar e na saudade intensa te receber, uma vez mais...

Marli Franco
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Fabela...O Lago e a Lagarta --


Pequeno Conto em Poesia...O Lago e a Lagarta --


O lago e sua amada quem dera pudesse ela viver
Nos bons tempos ele apenas olhava seus lábios
Tocarem sem acato as suas águas a sorver
Bebericar seus suspiros aguçar seus gemidos.


Hoje o lago olha apenas em suas águas o céu
A amada nem mais pode ver, mas ainda é fiel.
A natureza podia uma mágica providenciar
Uma lagarta nascer outra vez para encantar


O lago bem sabe foi ferino ao se indispor
A pobre lagarta morreu seca sem água sem cor
Como poderia imaginar ser ela tão sensível
Viver sem se proteger. Que fez ele de tão horrível?


Laçou um gemido de suas águas assustando a pobre
Que amedrontada morreu de sede sem borboleta chegar a ser.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

Fabela - O Camelo e a Borboleta





O Camelo e a Borboleta



Era uma vez um camelo que chorava 
Na beirada do oásis, carente se alongava. 
Praguejava por uma borboleta ausente 
Babava e a corcova ao sol estava pungente. 

No oásis o lago a tudo calmo escutava 
Silencioso sempre aguçado observava 
Tantos anos já a mesma estória contada 
Do camelo machista e a borboleta decidida. 

Opinar jamais, a peleja entre os dois divergentes. 
A borboleta apenas voava sem deixar de ser 
O camelo, no entanto pragueja para todos ver. 


Se voar era tão belo, mas cá entre nós pensantes... 
A delicada, no deserto pouco poderia sobreviver. 
No entanto o camelo babava, mas no deserto podia viver... 


Marli Franco 
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Apuros de Penélope*M* I




Apuros de Penélope*M* I


Lá vou eu...

Coloco-me embaixo do guarda-chuva

A minha insensatez cabe bem entre as varetas

Um bem bolado se faz preciso

O meu momento é um desatino...

 

Olho no final da avenida e lá vem

O vento trazendo a chuva forte enquanto

O mesmo gato da crônica passada se aproxima

Interessante, muito interessante.

 

Ele gosta do verão e de andar,

Andar com seu passo pesado.

Onde está este infernal ônibus,

Apareça antes que o gato chegue.

Por milhões de formigas,

Queimando no mármore dos infernos,

Onde está o meu ônibus...

 

O gato vem chegando

E novamente na lembrança

A crônica me acusando...

A minha insensatez

Rasgando a barra da minha saia

Com a vareta do guarda-chuva.

 

O gato deve estar como um Lorde.

Sim, é verão o Lorde está na sua imaginação.

Eu nem quero ver...

O ônibus chegou, ufaaa...

 

Marli Franco

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Arco da Ventura


Arco  da Ventura


Será loucura... Quando os desejos se proclamarem sem segredos.
A tua voz ficará muda, em frestas teu olhar percebendo enredos
Em quanto eu, em ti deixo uma amostra do aroma do coração.
O único vestígio do amor, escorregando na palma da mão.



Será loucura... Os meus seios em teu peito em avalanche.
Um suspiro surgirá como uma tormenta em revanche...
Pediras mais, os meus abraços debulhando em carinhos.
Sem negar nada ,serei uma ventania em teu único caminho.



Nada permitirá, vendo nossas pernas entrelaçadas em um clarão...
Nas tuas noites desnudadas te levando ao meu ventre à germinar,
Enquanto tua boca será beijo do meus beijos êxtase e exaltação...



Em minutos e segundos ouvirá minha voz, com teu nome em gemidos.
Te tocando em um cello de belo suplício pelo infinito para aventurar.
Deixando registro incandescente, no arco da ventura em teu corpo detido...

Marli Franco
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