"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Preciso te ler,mais uma vez...

 




Preciso te ler,mais uma vez...


Preciso te ler,
mais uma vez...
Nas memórias do teu sabor e albergar
Nos refúgios do amor e dos segredos
Invisível, imprudente para eternar
A sutileza, o silencio e a tua música.


Preciso te ler,
 mais uma vez...
Na noite que se despoja enluarada
No abajur das estrelas forjando
O caminho da partitura até alvorada,
No teu olhar, minha alma se derretendo...


Preciso te ler, 
mais uma vez...
Sem sair dos teus braços de coração
Escondendo o prazer indomável
Do corpo amor, pautado em sedução
Do sonho, do desejo que vi ,inegável.


Preciso te ler,
 mais uma vez...
Ainda que me descubras na penumbra,
Que a noite me denuncie... 
Fugirei só depois, de te ler , deixando
Que o carmim dos meus lábios acaricie,
A tua alma  fluir nas notas,  velejando 
Na partitura que te elegi premente
Em um só beijo audaz e envolvente.


Preciso te ler,
mais uma vez...
Elevar minha alma,mais uma vez
Na tua composição me dissolver.


Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Haikai nº111 - Primavera


 


Haikai nº111 

Primavera

o vento perfuma 

dança a cortina com graça 

silhueta da estação. 


Marli Franco 
Direitos Autorais Reservados®



Haikai nº110 - Floresce

 


Haikai nº110

Floresce

 

na primavera

as sensações florescem

em dias mais longos.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®



Haikai nº109 - Idade?

 


Haikai nº109 

Idade ?    


O inverno aprecia 

A sabedoria olha rindo 

A idade enluarada... 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®







Vídeo - Sarau do Coletivo Cataversos





                                                           


Apresento aqui meu video.

Um trabalho  feito para o Sarau do Coletivo Cataversos 

sob a coordenação do Poeta Ivan Ferretti Machado

disponibilizado na Biblioteca Pública Ricardo Ramos

em São Paulo.




No passeio das horas...

 


No passeio das horas... 


No passeio das horas... 

As mulheres vestidas com saias coloridas seguem a estrada 

As belas cenas sentidas e as suaves docemente vividas 

As saias tem asas as lendas conversam nos brincos 

Tristes e alegres trajetórias marcadas com sal nos vincos. 



No passeio das horas ... 

As mulheres trazem nas suas blusas as rendas amanhecidas 

Nos babados risos e lágrimas brilham nas pulseiras da vida 

As rendas voando e o vento olhando feito rei enciumado 

As mulheres assim vão dançando no tempo emburrado. 



No passeio das horas ... 

As tarefas femininas superlotam as sacolas nas temporadas 

Enquanto a sabedoria vai bordando a experiência adquirida 

Nas bolsas a jornada das moedas vão conjugando paciências 

E no avesso das carteiras a esperança se enfeita na cadência. 



No passeio das horas... 

As ancestrais criaram as cirandas para herança das mulheres 

Ilustram nos bordados e os arrematam com bendizeres 

Na cor da tolerância tecem os dias deixando-as fortalecidas 

Nas alças a luz alivia nas vidas as rotas que foram escolhidas. 




No passeio das horas... 

As estórias exaustivas seguem jornadas 

Das saias rodadas e blusas rendadas 

Na alma são guardadas todas as floradas. 


Marli Franco
Direitos Autorais Reservados® 







O Vento e a Cerejeira

 



 O Vento e a Cerejeira






A cerejeira sentiu aproximação suave de algo no ar. Sentiu que  a espreitava na espera do sol raiar, tentando ainda não se manifestar.
O tempo parecia parado nos primeiros minutos do dia que belamente nascia.
Olhou o céu e as nuvens se espreguiçando delicadamente a cerejeira. O tempo ali era desnecessário, o seu olhar voltou ao chão no campo verde do parque ansiava pela presença refrescante do seu passeio.
E assim a cerejeira se envolveu para esperar o seu sonho que não tardava a chegar. Ela sabia que o vento estava a segurar no máximo do seu limite para dançar com suas flores.
Em um toque inesperado ela o viu se aproximar, arrojado loucamente refrescante. O vento se enredou em seu corpo de flores os elevando ao ar na dança ancestral das floradas.
As lufadas eram fortes, mas o toque incrivelmente suave para não deixar nenhuma das suas pétalas caírem ao chão pois ainda não era tempo da renovação.
A manhã corria com suas horas, mas as flores da cerejeira bailavam nos braços do vento sem se importar com nada além dele e seus feitiços de abraços.
Enquanto ela deixava sua fragrância em suas ondas para ficar inesquecível pois assim o vento depois voltaria morrendo de saudades, como agora em sua coreografia matinal.
O vento sabia do seu feitiço, mas ela não sabia o quanto a sedução das suas flores o deixava a mercê deste amor inebriante .
O segredo com laços do amor os envolviam :a cerejeira não suportava sua ausência e o vento resistia em não partir. 
O Vento e a Cerejeira assim se envolveram em danças, fragrâncias das flores e as ondas refrescantes quando unidos um presente de aromas de Amor oferecido ao Universo.

Marli Franco 
Direitos Autorais Reservados® 




Haikai nº108 --- Onde?

 


Haikai nº108

Onde?

 

A pergunta nasce

A resposta indisposta

Esconde longe...

 

Marli Franco

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Haikai -São Francisco de Assis

 


Imagem/ Pinterest


Haikai -São Francisco de Assis

 

O missionário.

O protetor e mentor.

Mor santuário.

 

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

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 Imagem/ Pinterest

O Dia de São Francisco de Assis 

é comemorado anualmente em 4 de outubro.


 



Haikai - Prana









Prana


O lugar onde

Respira minha alma e aspira

No prana  o verso.


Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®






 Nota:

Prana pode referir-se a:

Prana, palavra em sânscrito que denota a energia vital


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Haikai - Aurora






Aurora

Na luz vem o dia

A voz da hora sai, após

Acorda aurora.


Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®