"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


O soneto e a Poesia


 

O soneto e a Poesia

Recanto das letras *10/11/2009

 

Eu sou poesia, ele um soneto...

Eu sou uma vestal, ele um Romeu...

 

Quando nossas mãos se encontram as letras voam

A minha voz no oráculo os encantamentos tentam

Descobrir um fio de luz para um feitiço de alquimia

Enquanto canta como rouxinol eu te ouço como cotovia.

 

Eu sou poesia, ele um soneto...

Eu sou uma vestal, ele um Romeu...

 

Eu pedi permissão na luz do meu templo arrebatado

De joelhos pedi perdão antes de cometer os pecados

Eu me vesti de pérola para dar um poema declamado

Dançar na rima é uma quântica de tons elaborado.

 

Eu sou poesia, ele um soneto...

Eu sou uma vestal, ele um Romeu...

 

Ao teu pedido darei um beijo com sabor de ilusão

Fazer assim tuas mãos serem asas na imaginação

No meu templo as portas e janelas estão sem tranca

Sejas livre para ir e vir, sentir e sempre sorrir feito criança.

 

Eu sou poesia , ele um soneto...

Eu sou uma vestal , ele um Romeu...

 

Nas tuas mãos vou voar não como compensação

Uma ave nos versos voa em Sonhos de Verão

Serei um papel imaculado para teu soneto

Com ditados de juras viras como nobre Capuleto.

 

Eu sou poesia, ele um soneto...

Eu sou uma vestal, ele um Romeu...


Marli Franco

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Diálogo do Teu Olhar

 



Diálogo do Teu Olhar

Recanto das letras * 18/12 /09

 

O teu olhar capta sutilezas como nuances da temperatura,

Sabe ser perspicaz nas urzes que encontra em fartura

E quando atravessa as montanhas nota presságios,

Que nas Terras Altas os matizes são distintos adágios.

 

O teu olhar possui o brilho que vem das luzes de Horácio,

Tens nas linhas um toque da cor do mar Egeu tão mágico...

Ultrapassa quando voa a cordilheira das eras dos divinais

E chega com galhardia na terra dos deuses ancestrais.

 

Não desvenda as nuances que traz em teu alforje reluzindo,

Na esfera da magia ainda vejo tons de mistério ungindo.

Qual a cor da noite silente que coloca nas tintas frementes?

 

O diálogo nas montanhas possui a cadência de amigo feliz.

Ando descalça nas encostas surgindo como suave aprendiz.

Nos abismos do tempo tingi segredos de tintas viventes...

 

Marli Franco

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Mosaico

Imagem Pinterest
 

Mosaico

Usina de Letras * 10/09/2002

 

Queria que o teu mosaico da fantasia
Mergulhasse além da superfície do meu corpo
Libertasse as comportas do irracional desejo
Suspirando nos mistérios a minha essência.

Queria que nos retalhos coloridos do teu olhar
Que salientam os teus pensamentos concretos e reais
Se enredassem como suas mãos acariciando os  cabelos
A união das texturas das ideias e dos conhecimentos.

Queria que nos pedaços da minha figura frágil
Que provocam os teus beijos de prazer enlouquecidos
Se fundissem em êxtase no teu corpo que me amparas
Marcando os delírios do nosso desejo em desalinho.

Queria que em recortes rosados e delicados
O teu romantismo invadisse meu sonho
Erguesse em teus braços fortes as minhas ilusões
Fosse o caçador incansável dos meus encantos.

Queria que na luz das minhas cores distantes
O teu brilho fosse uma estrela guia contínua
Indicando os ladrilhos da minha alegria
Movendo a vida no curso de uma única galeria.

 

Marli Franco

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Folclore * Dia 22 de Agosto dia do Folclore *

 


Um olhar Amoroso

em nosso

 Folclore


Um olhar carinhoso ao nosso Folclore com suas mágicas lendas, histórias e acervo fantástico das nossas raízes culturais.

Um olhar amoroso e respeitoso para nossa ancestralidade cultural, o horizonte mágico do passado que nos enriquece de saberes para melhor viver no presente e retribuir transmitindo este precioso arsenal cultural para as próximas gerações.

 

Parabenizo aqui todos os Historiadores, Escritores e Professores na árdua jornada da divulgação do nosso Folclore.

Gratidão e carinho aos Mestres.

Marli Franco

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                        Folclore

1.

conjunto de costumes, lendas, provérbios, manifestações artísticas em geral, preservado por um povo ou grupo populacional, por meio da tradição oral; populário.

2.

ciência das tradições, dos usos e da arte popular de um país ou região; demologia, demopsicologia, populário.

Definições de Oxford Languages





No dia 22 de agosto 

comemoramos

o Folclore  no Brasil.


Marli Franco

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O Presente


 


O Presente

 Usina de Letras * 28/06/2002

 

O momento passa e não volta
Em muitas vezes o dinheiro falta
Em outras ele não faz diferença
Mas a vida sempre tem compras
E os presentes sempre dão vida.

A hora é quem mede o dia
A volta do ponteiro esquece o segundo
Na vida o que passa nem sempre fica
No coração o que marca é o laço de fita.

O relógio sempre grita pela noite que se finda
E os ponteiros sempre acusam o dia que irradia
Mas a vida sempre acusa as marcas do sustento
Em cada moeda que se perde o sonho desfalece
O momento se esfarela sem retorno .

O cansaço das turbulências sucumbe
Os ombros arcados sem esteio lutam
Em partes tudo anda em sorrisos
Em partes tudo corre em lágrimas

O desalento se veste em otimismo
A esperança é só um impulso revigorado
O dinheiro não passa de papel esticado
Desenhado no negrume das batalhas.

 

Marli Franco

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Haikai - nº 156 *O Rio e a Cerejeira III




 Haikai - nº 156

*O rio e a cerejeira III

 

As flores do rio

Cai no lençol de gelo

Com sol sorrindo.

 

Marli Franco

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Haikai - nº 155- *O Rio e a Cerejeira II


 

Haikai - nº 155

*O rio e a cerejeira II

 

O rio desliza

Sob a florada invernal

Suave é o amanhecer.

 

Marli Franco

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Haikai - nº 154- *O Rio e a Cerejeira I


 

Haikai - nº 154

*O rio e a cerejeira I

 

O rio extasiado

Olha a flor de cerejeira

Cai uma pétala.


Marli Franco

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No Cetim do Teu Nome...

 



No Cetim do Teu Nome...

Usina de Letras *   15/03/2003 –

 

Olho, vejo você ...
Esperando de braços abertos.
No cetim macio do meu corpo que caminha...
Aproximo te abraço, enlaço, te beijo no espaço
Fazendo o som do tecido te envolver nos passos.


Sinto teu corpo quente, o calor abrangente na mente
Dobras do cetim que dançam sob teu olhar aguçado
As tuas mãos puxam mais, juntando meu contorno ao teu.


Escorrega o pano, na pele tão leve quanto teus lábios
Sorrindo te entrego a maciez do tecido em tuas amplas mãos.


Me quer de mansinho, bem devagarinho, a beijar todos os recantos
Carregas cingindo minha cintura, mostra teu desejo que pulsa
Alisa o azul das fibras que te fazem gemer em fantasias
Alucinado me coloca no colo, pedinte de carinho sem querer dividir
O momento é nosso ampliado na madrugada para saciar a lascividade...



A noite lá fora é silenciosa...



As tuas mãos me tocam sem limite rasteiam
O meu corpo que quente te solicita em gemidos suplicando teu desejo
Tens um fogo que me queima, queres tudo, pedes, encena, me suga
Mordes meus lábios marcando tua posse, beija-me com intensidade.


Rasgando o tecido azul turquesa que brilha nos teus negros olhos de estrelas
Tirando meu ar, me lavando em suores a turvar a minha paixão
Querendo todos meus pontos molhados e todos meus sonhos, ilimitados
E depois de toques e caricias sorri me encantando, deslizando, recriando
Perdida me entrego sem mais pensar, em tuas mãos macias a suspirar.


Se sou tua já não me pertenço, me esqueço ,me entrego te absorvo
Se te cativo ,transformo na frente dos teus anseios em sedução
No leito flutuo em teus arroubos, onde revisto-me no cetim que me cobre
De mares intempestivos do prazer até ondas macias da fluidez
Que em exaustão, na imensidão escorrega na mais doce paixão
Onde caminhos voei e agora me entrego nua ao teu delírio
Na fração do teu nome que não esqueço na insensatez do momento.
Quero-te ousar e sem depois analisar os prós e contras
Entrego –me apenas em teus campos, pois teu calor ainda não esqueço
O que restou alinhavo com fios dourados nas dobras do tecido amassado
É o amor que se recria , cravado em cada fibra, tecida nos verdes tempos.


Beijo você daqui, de tão longe, mas tão perto do meu coração
Completa entrego as emoções, que estremecem no cetim azul do céu
No simples balbuciar do teu nome a recordar-te em minha solidão.



A noite lá fora continua silenciosa...

Marli Franco

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