"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


O TEMPO QUE O VENTO LEVA

 


O TEMPO QUE O VENTO LEVA

 

Os ponteiros andam sempre com pressa de marcar o vento que passa.

 Os ponteiros das gerações e seus conflitos, dos arroubos da juventude que chocam com as mechas brancas.
Os ponteiros das grandes épocas em contraposição com as grandes guerras, com as grandes catástrofes, as desastrosas epidemias e as grandes descobertas.
Os tic...tac vão andando sem se alterar, pois o mundo não para tem de caminhar, fazer uma nova história, traçar neste presente e ser um dia de época no passado comentada no futuro seja boa ou ruim.
O tic..tac dos homens rola, o planeta transforma a essência da vida que escapa do controle da razão e bate de frente com a intolerância que aniquila a própria vida.
Os ponteiros continuam , o calendário vira, a economia do mundo aterroriza e os indivíduos se arrastam na sarjeta e outros....Lambem os palácios.
O tic...tac continua...O mundo também os homens aprendem e esquecem tudo novamente pois a memória é caixa de esquecimentos.
Mas o tic.. tac continua, continua... Na esperança da criança, na energia do jovem, na insensatez do adulto, na sabedoria do velho.
O vento só para o tic...tac quando o amor acontece, mas o momento é tão efêmero que o homem o perde e o tic..tac volta a reger as horas do tempo presente.
No começo deste texto o pensamento já virou passado e quando o ponto final tocar no papel será o futuro que estará na porta do tempo que o vento levará.

Marli Franco

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A Flor de Lótus e a Poética


 

A Flor de Lótus e a Poética

 

Na humildade do lodo ela surge com beleza inigualável.

Perfeita fica submergida na noite nas águas e ao raiar do dia aparece bela, tranquila inatingível com sua virtude simbolizando a pureza e vida longa.

A poética sinto assim que fica submergida nas águas profundas da alma. A inspiração consegue trazer na superfície a Poesia em momentos raros quando o silêncio reina no cenário e se ouve apenas e unicamente o canto da lira.

A poética surge submergindo das águas deslizando nos versos ileso e abrindo suas pétalas em rimas deslumbra a folha branca com sua intocável beleza.

A flor de lótus e a poética possuem a beleza intocável uma é divina ficamos sem palavras, a outra a inspiração cai nas mãos humanas, mas o seu berço também é na luz divina.

Marli Franco

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Folha de Amor

 


Folha de Amor

 

Quero desenhar na folha do amor a força da versatilidade inspirativa do bambu nos títulos das criações.

Quero no tom do coração exercitar a voz verde da flexibilidade dos versos nos bambuzais da vida,

Quero nas sombras das texturas da folha de amor fazer o degrade da resiliência poética.

E assim no vão oco do bambu transmutar a folha da paixão com força e ali arquivar a minha poesia com sua natureza esquecida no tempo do meu pensamento inquieto.


Marli Franco

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Xadrez


 

Xadrez


Xadrez na toalha da mesa
Que estende o orgulho fugaz
De um rei no tabuleiro errado
Comandando o jogo sem espetáculo.


Os súditos ajoelham-se no seu manto
Lançam suas vozes nos diversos cargos
Da rainha ao bispo, a escória do mundo
Da torre ao peão na roda às avessas
Efêmera ilusão no poder do ouro .


E o tabuleiro gira e move a vida
Troca movimentos no curso dos quadrados
Nos pretos e brancos avançam e retardam
Na corrida do nada, os cavalos se atropelam.


Dobra o tabuleiro no teatro fechado
O destino levanta a toalha no vento
No xadrez das batalhas oníricas
Das peças todas marcadas na vida.
Xeque-mate...vence a prepotência.

 

Marli Franco

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Silencio


 

Silencio


Quando o sol desperta meu amor sem aviso-me entrego a luz sem reservas e cubro-me com o edredom da paz.

A natureza mais íntima em meu jardim desperta desejos de comungar o equilíbrio e me harmonizar como o canto dos pássaros deslizando no ar.

Nos momentos desta paz olho os meus desejos e noto que são tão simples como o vento, quando brejeiro   toca as folhas do outono as fazendo navegar na brisa.

A natureza com seu rumo perfeito que perfuma a vida em um equilíbrio notável me chama com seu canto contemplativo.

A minha bússola precisa ser direcionada novamente, o meu olhar necessita organizar para seguir adiante sem desvios; com o silencio nas mãos e os lábios livres apenas para plenitude poética.

Que o sol ao me despertar seja a luz que me aquece no cotidiano, fazendo-me trilhar nas asas da harmonia em sintonia com o cosmo.

Marli Franco

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