"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Ensolarada em Tuas Letras


 

Ensolarada em Tuas Letras

 

A chuva desliza no beiral das palavras

O meu eu se aquieta na solução do coração

Dou as mãos para a canção que me envolve

Descubro o teu olhar escondido nas sílabas.

 

O murmúrio da chuva conta estória de amor

Os meus dedos sonham tocar os teus lábios

Mas a chuva avisa não devo me entregar

Fico esperando teus lábios me encontrar.

 

Quando a chuva silencia na varanda

As andorinhas em algazarra fazem a revoada

O sol sai inesperadamente no silencio do céu

As aves brincam assim na luz do dia.

 

No guarda-chuva a coleção dos murmúrios

A chuva é sorrisos nos aromas do jardim

O teu nome escorre nos meus seios perfumando

Ensolarada sou abraçada nas mãos das tuas letras.


Marli Franco

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A Voz do Mar



A Voz do Mar

 

A voz do mar, um suspiro nas ondas, assim elas se fizeram em rendas serenas se espreguiçando na areia e voltando para os braços do mar.

A voz do mar, uma tormenta dele faz as ondas se agigantar assim é os ciúmes das águas salgadas. O mar irritado fica pronto para surfar.

Quando anoitece, a voz do mar reclama e vai azulando mais e mais, tentando a lua conquistar, então a maré sobe...

 O mar não resisti quando olha em suas águas com a lua endeusada refletida.

Ouça a voz do mar em suas ondas, molhando as faces da areia, nas profundezas os mistérios e paixões são encantamentos que registram o Amor universal vivo na natureza.

Marli Franco

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Na Tua Palavra

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Na Tua Palavra

 

Na tua palavra me perturbo

Esqueço a juras do equilíbrio anulo

Abraço o mar do envolvimento veraneio

No ardor do desejo em teu corpo ondeio.

 

Na tua palavra me envolvo

Nas chamas do teu tronco dissolvo

Desnorteia-me no teu beijo de vitória

Onde me acercas inteira em tua glória.

 

Quando assim penso vem o verão

Com a estação na estrada somos colisão

Fulgor escandaloso de um pedido divertido

Na paixão libertamos o amor incontido.

 

Quando assim se faz as horas no nirvana

Vejo tua nudez pele da palavra insana

Que me arrebata desnorteia na sensação

O teu nome vem na boca em devoção

A sílaba é o meu batom cor da nossa autoria

Exalta o romance no verão na voz da euforia.


Marli Franco

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Haikai n°167 *Beijo III

 


 Haikai n°167

 

*Beijo III

 

Na boca do dia

O sol arde de ciúmes

Beijando a meia lua.

 

Marli Franco

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Haikai n°166 *Beijo II

 


Haikai n°166

 

*Beijo II

 

No ângulo a noite

Suplica a lua encantada

Ao sol um beijo.

 

Marli Franco

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Haikai n°165 *Beijo I

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Haikai n°165

 

*Beijo I

 

No acaso a emoção

Com os lábios de verão

O mar beija areia.

 

Marli Franco

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Ápice

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Ápice

Usina de letras -   29/01/2002

 

A gota
Cai o desejo
Inflama.

Com aproximação
A boca sorve
Beija.

No toque
Da mão o anseio
Descontrola.

Na explosão
Da cálida
Volúpia.

Na alcova
Prende a paixão
Domínio.

Na emoção
O amor une
Em sonho.

Do eterno
Adormecer
No abraço.


Marli Franco

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Ondas



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Ondas

Usina de letras - 07/09/2001

 

Em ondas ou corredeiras entrega essa insana emoção.
Ora lenta e calma, como às águas do mar num dia de sol.
Em outras, como ondas tempestuosas rasgando o mar num dia de tempestade.


Se, como as corredeiras o coração é tragado sem nenhuma chance de desviar seu caminho.
E assim em águas verdes ou azuis a captura se dá em um abraço impossível de soltar-se.


O amor é assim uma energia intempestivas, forte fulminante, que quando chega nos traga por inteiro.
Sem ter como fugir ele é contraditório pois 
quer prender-se por si só.


O amor!
Rende-se e abandona-se, é força com vontade própria.
Amarra-se na entrega com sua liberdade.
O amor é luz e explosão.
O amor é sonho sem solução.


O amor!
É busca infinita em caminhos inimagináveis.
É querer mesmo sem poder ter.
É sentir mesmo sem estar presente.
É força do passado alimentando o presente, 
que por sua vez impulsiona para o futuro.


O amor!
O amor é abandonar-se em seus braços.

 É fundir-se em sua energia e encontrar a paz em teu afago.
O amor é viver para simplesmente pensar em você.

 

Marli Franco

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Asas da Noite

 

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Asas da Noite

 

Quero vestir as asas da noite deixar meu corpo voar entre as estrelas, pousar na cauda da lua e olhar o infinito para encontrar a tua luz que me norteia.

Quero deixar que meus pés possam tocar o vento do silêncio e ser eleita na voz do crepúsculo, para ver o teu sorriso carregando-me nas nuvens ao sabor da emoção indelével.

Nas correntezas do tempo somos abraços e desejos, beijos e paixão a certeza de todos os dias, a união de todas as noites, a celebração da eternidade, a essência do Amor.

Se a noite se acabar e o sol esconder a tua voz, não esquece que a hora do nosso amor vem logo mais; os pássaros avisam quando a brisa da tarde aponta o abrigo e ainda que o sol seja um ciumento incorrigível, ele não detém a fuga dos notívagos amantes. 


Marli Franco

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O Planeta

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O Planeta

 

Quando o sol vai deixando o céu e o crepúsculo vem arrastando suas asas, olho daqui deste chão a beleza de Gaia.

Os muitos tons das folhagens, das flores tantas diferentes e belas, das águas azuis e verdes com as brancas ondas ou rendas das cachoeiras abençoadas. A perfeição do quadro se arrasta em cada piscar dos olhos. 

A magnânima criação divina se estende aos animais e todos os seres viventes dos ecossistemas que tão diferentes e belos cem por cento, respeitam em seu puro instinto ao Criador e sua obra.

O Planeta chora pela destruição que o assola dia após dia...

E ainda assim continua se reerguendo sob os acoites da humanidade.

É chegada a hora ao homem de respeitar a casa que habita, já que a obra não lhe pertence, foi cedida apenas para sua evolução existencial...

O crepúsculo avisa mostrando o brilho das estrelas, indicando a primorosa Lua que a obra está além dos nossos olhos, solicita a reverência da humanidade ao universo que veio das mãos do Criador.

Em cada detalhe deste planeta a criação se apresenta perfeita minuciosamente. A perfeição salta aos olhos de quem tente parar e ver a oferta magnifica do Criador, na casa que ele gentilmente nos cede para viver e desenvolver as virtudes.

 O Amor   é a luz na obra divina, inclusive o homem que faz parte também da sua criação.

Em postura de gratidão ajoelho-me perante a Deus e reverencio o Planeta Terra.


Marli Franco
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Haikai n°164 *Abraço


 



Haikai n°164

 

*Abraço

 

Nos teus abraços

As eleitas primaveras

Belas as sacuras.

 

Marli Franco

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Haikai n°163 *Vida


 

Haikai n°163

*Vida


A luz e o abraço

A saudade descansa

  Profunda é a vida.

                                                                        

Marli Franco

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Haikai n°162 *Cerejeira


 

Haikai n°162


*Cerejeira


Concede a pausa

Nas asas da minha alma

Flores na estrada.

 

Marli Franco

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Haikai n°161 *Olhar




 


Haikai n°161 

 

 *Olhar


Intraduzivel

O teu encanto meu gato

Caçando o meu olhar.

 

Marli Franco

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Delírio das Estações


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           Delírio das Estações

 

Olha nos lábios dos versos carmim

Desliza o batom das delícias

Perfume de primavera na pele

E teu olhar lavando meus seios

Com orvalho das manhãs.

 

Olha o cálice dos nossos suspiros

Dos nossos abraços ardendo

O fluir das estações em delírio

Beijando uma a uma das emoções.

 

No momento dos olhares

Na sutiliza das nossas mãos

Tu provas a chama dos meus beijos

No cetim da madrugada infinita

Escreves o nosso sorriso na alvorada.

 

O romance vence nas estações.

Recorda os nossos lábios

Vinho sagrado dos desejos

Nos lençóis perfumados

Das paixões que vivemos

O verbo do amor conjugado.


Marli Franco

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Confidência



 

Confidência

 

Confesso com boca em teu peito

As silabas do meu amor eleito

Nas escritas da minha jornada

Em ti permaneço apaixonada.

 

Confesso que preciso dos teus braços

Singrando a minha cintura em abraços

Teus beijos cobrindo-me em sensações

És meu refúgio consagrado na paixão.

 

Concede-me teu corpo, ao meu atraio

E vem colando como um raio

Desliza do céu, na face da terra

Leva-me no arco íris além das eras.

 

Concede-me ser feliz na alma

Pausar no coração o magma

De sentir a vida com serenidade

Em um relâmpago da saudade.

 

Marli Franco

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Prosa de Amor

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Prosa de Amor



Quando te recordo encontro teus abraços como vislumbre de raios

contornando meu corpo na exaustão da estrada.

E nestes momentos tão silenciosos ouço lá fora a chuva caindo na rua,

falando sussusurros em recados magnetizados para acalmar meu coração.

A ausência é destemperada nas cores da saudade como os dias chuvosos,

tenta fugir como os pássaros buscando abrigo ao léu no passado.

O mar da saudade não deixa os barcos singrarem por longas horas,

fazem as ondas cobrirem o tempo e arrastam tudo para as areias do presente.

Finaliza assim qualquer devaneio...

No entanto ainda assim, sigo encontrando em ti a pausa na minha jornada.



Marli Franco
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Nas Ondas Noturnais



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Nas Ondas Noturnais

 

Queria ser Lua...

Passear nas asas do céu

Esquecer os pés na terra árida

Brincar de labirinto nos cometas

Soltar sorrisos nos vértices das estrelas.

 

Queria ser Lua...

Acordar na hora do crepúsculo

Desvendar a música da madrugada

Escutar as inspirações dos Poetas

Deitar-me nas almofadas dos versos.

 

Queria ser Lua...

O verbo querer não é conjugado

Quando meus pés estão na terra

Quando o sol faz queimar pensamentos

Seca as sílabas com raios do silencio.

 

Não posso ser Lua...

É nas ondas noturnais

Que admiro o encanto dos vagalumes.

Marli Franco

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Era uma vez...


 

Era uma vez...

 

Era uma vez...

Um pote de azedume

Copos riscados do sonho pedalante

Pratos e mais pratos descabeçados

Soldados de talheres vestidos de prata

Vozes exigentes amontoadas nas almofadas.

 

Era uma vez...

O sol quase agonizando na boca do vaso

Uma cortina e um vidro quebrado

Na pia as lascas da janela perdida

A porta se abrindo

Movimentado a nova jornada.

 

Era uma vez...

O tempo e o passageiro

Ligeiro que não avisa as curvas da vida

Só assusta quando faz as paradas

Na jornada arrisca tudo

E muda a trajetória.

 

Era uma vez...

 

Marli Franco

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Horas do Verso


 

Horas do Verso

 

O sol sai do céu sem dizer até amanhã.

A lua chega sem dizer boa noite

Eu vou me calando sem dizer um verso

E as silabas ficam assim jogadas no papel.

 

Sem o dia fazer sorrisos

Sem a noite pintar sonhos

As silabas se amontoam no rodapé das folhas

E ficam alvoroçadas bailando na inspiração.

Na madrugada a caneta cansada sorrindo

Na alvorada o papel respira o poema escrito.

 

Quando um cometa rasga o céu

Uma fagulha cai no papel

Esperto se deixa levar nas labaredas

Enquanto a caneta pega corrente do vento

E assim apaga o incêndio sem causa.

Sorrindo o papel arde em beijos de gratidão

 Na amante sem tinta em exaustão.

 

E o verso assim fica

 Sem começo e sem fim

No fim da folha

 Só silabas queimadas.

 

Marli Franco

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Primeira Audição


Primeira Audição


 

Eu irei nas ondas da tua voz, em compassos de fartura

Instantes que escapam do relógio nas baladas de ventura.

Caminhos elevam a emoção na arte do solfejo em súplica

Na fala que escapa quando tuas cordas choram em música.

 

Eu contarei sobre os beijos da madrugada e do céu

Onde a paixão explode estrelas em urgências ao léu

Nos acordes das mãos a tremular qual brisa ansiosa

Carregando composição primeira em cantoria amorosa.

 

Como traduzir os suspiros tão silenciosos em pedidos

Quando o luar tão explorador adverte em gemidos

Contando os segundos que faltam para ainda amar.

 

Os desejos se fertilizam afinando um sonho em sintonia

Pairando sensações que me engravidam em harmonia

E me vergam em um solo de cello indescritível a tocar.

 

Marli Franco

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