"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Horas do Verso


 

Horas do Verso

 

O sol sai do céu sem dizer até amanhã.

A lua chega sem dizer boa noite

Eu vou me calando sem dizer um verso

E as silabas ficam assim jogadas no papel.

 

Sem o dia fazer sorrisos

Sem a noite pintar sonhos

As silabas se amontoam no rodapé das folhas

E ficam alvoroçadas bailando na inspiração.

Na madrugada a caneta cansada sorrindo

Na alvorada o papel respira o poema escrito.

 

Quando um cometa rasga o céu

Uma fagulha cai no papel

Esperto se deixa levar nas labaredas

Enquanto a caneta pega corrente do vento

E assim apaga o incêndio sem causa.

Sorrindo o papel arde em beijos de gratidão

 Na amante sem tinta em exaustão.

 

E o verso assim fica

 Sem começo e sem fim

No fim da folha

 Só silabas queimadas.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®



Um comentário:

  1. As horas breves de um verso, vistas numa bonita poética lírica.
    Porém, a poesia, ainda que seja breve e ardam as sílabas, enquanto tiver vida vibrará sempre dentro das almas sensíveis!

    Beijos!

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