"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Relíquia

 


Relíquia

Acervo Usina de Letras 10/03/2006

 

Deixo meus cabelos enroscando em teu inconsciente
A música do id sublima os sabores da libido abrangente
Deslizando salivas de ambrosia nas asas da fertilidade
Enroscando minhas pernas conscientes na tua vontade.


Deixo tua imaginação perambular fantasias nas imagens
No meu ventre tuas mãos fazem títulos em tatuagens
Inscreve meu ser de Vênus a lira das tuas sementes
Tremores exultantes nas mãos dos teus ais presentes.


Em tuas páginas a lira toca claras sinfonias primas
Adormeço no teu peito sob a manhã que nos visita
Sentindo teus braços alisar meus quadris em rimas.


Então tua boca de siglas se torna meu livro dourado
Na noite e no dia a minha relíquia de pregações infinitas
Onde decoro teu corpo sucumbindo ao amor celebrado...

 

Marli Franco

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Balada da Solidão



Balada da Solidão

Acervo da Usina de letras-- 01/11/2008

 

Viaja na volta dos meus mais secretos momentos
Lá onde tua mirada canta notas em juramentos
Os horizontes dos dias inacabados sempre lembrado
Lá onde o céu faz uma cortina de alegria do passado.



Viaja na cor dos meus olhos, sem ver meu pranto.
A ausência estendida na cor nebulosa do meu manto
Sinta o vento perambulando nas asas da nossa alquimia
Perdão minhas lágrimas, sentinelas da minha covardia.


Olha na janela a condução é ritmo de uma balada
A estrada apresenta noites e auroras fragmentadas
Os sentimentos escondidos na bagagem da recordação.


Olha a primavera um turismo do meu sentimento
Pergunta para os canteiros dos conhecimentos
Qual a passagem que revela a música da solidão.

 

Marli Franco

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