Xadrez
Xadrez na toalha da mesa
Que estende o orgulho fugaz
De um rei no tabuleiro errado
Comandando o jogo sem espetáculo.
Os súditos ajoelham-se no seu manto
Lançam suas vozes nos diversos cargos
Da rainha ao bispo, a escória do mundo
Da torre ao peão na roda às avessas
Efêmera ilusão no poder do ouro .
E o tabuleiro gira e move a vida
Troca movimentos no curso dos quadrados
Nos pretos e brancos avançam e retardam
Na corrida do nada, os cavalos se atropelam.
Dobra o tabuleiro no teatro fechado
O destino levanta a toalha no vento
No xadrez das batalhas oníricas
Das peças todas marcadas na vida.
Xeque-mate...vence a prepotência.
Marli
Franco
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