"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Haikai - nº 151- *Voz do Outono II

 




Haikai - nº 151-

*Voz do Outono II

 

No assoalho eu crio

Cor do outono com amor

Doce silêncio.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®



 




Haikai - nº 150- *Voz do Outono I

 



Haikai - nº 150

*Voz do Outono I


Chega o silencio

A folha descendo olha

O outono e aprecia.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®




Haikai - nº 148 *Aves do Paraiso I

 







Haikai - nº 148

*Aves do Paraiso  I–

 

Do ocre ao branco

A exuberância na plumagem

Desperta o olhar.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®


..................

Uma espécie em extinção

nosso Planeta nossa casa.

....................................


... Aves do Paraiso –


As aves-do-paraíso são intimamente relacionadas aos corvídeos.

As aves-do-paraíso são aves de pequeno a médio porte,

 medindo entre 15 a 120 cm de comprimento, incluindo a cauda.

 As espécies maiores têm dimensões aproximadas a um corvo.

 O bico é curto e forte e adaptado a uma alimentação onívora,

 baseada em frutos, folhas e animais como anfíbiosinsetos

 e outros invertebrados.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Ave-do-para%C3%ADso






Tempo para o Silêncio





Tempo para o Silêncio

 



A cortina dança nas mãos do vento é domingo na hora que a sala consegue enfim respirar o silencio.

 

O gato branco olha lá fora assiste calmamente o passeio do vento beijando as flores sem mesuras.

O vento é um apaixonado influente e inconsequente nas horas que se despem na calmaria e o gato até fecha os olhos saboreando o perfume das flores desnudas.

 

Em tempo entendo mais dos olhos do gato e suas yogas perfeitas nos dias normais.

Na fração parada do tempo vejo que o vento me recrimina, já que não sossego para me deixar viajar nos carinhos dele.

O gato também recrimina quer colo, enquanto eu sobrecarregada de trabalho fico sem tempo para as coisas importantes deste mundo.

 

A simplicidade é o ouro do tempo vigente.

 

O relógio logo me chama como o acelerado toque do piano que ao meu lado eleva minha mente em um mundo tão doce.

Lembrei do jardim das margaridas lá onde o piano me acompanha e posso me entregar aos movimentos da dança da alma.

O sol até aparece no local sorrindo e aquece meus pés descalços, um momento tão único em suavidade que entrego ao meu ser, em celebração a gratidão com a vida.

 

O gato ainda olha o vento da janela e o vento sorrindo, se enrola em meus cabelos dando sossego as flores do manacá, tão abusado este vento que derruba meu quadro da alma e espanta o gato da janela.

 

A hora já ganhou vida, a sala movimenta o portal sincronizando o tempo, logo chega o crepúsculo com o véu das estrelas.

O silêncio flutua no tempo...

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®








 

Combate


 



Combate

Acervo da Usina de letras

-- 18/05/2002

 

Na sombra do pensamento
Escreve rodeada no desalento
Na pedra branca da dúvida
Agarrada nos alicerces da fé.



O pensamento se agita no vento
Range as portas das possibilidades
Ineficazes na jornada solitária
Onde o sol é a única fresta.



Os ventos lançam suas forças
Mudam os rumos chicoteando o coração
Derrubam as ilusões e os sorrisos
A oração carrega o escudo da esperança
No meio do dilúvio das lágrimas.



Haverá dias do sol rompendo os espaços
As frestas se transformando em portas abertas
O vento será apenas uma brisa de primavera
Recordando apenas a força da fé.



Mas ainda o tempo ...
É do bom combate,

No meio das fases descoordenadas.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®



Os Vagalumes

 


Os Vagalumes


Olhei o céu quando deslizava em tuas letras.

 

Vi quando os vagalumes descortinavam a noite, iluminando a lua com a cor da lanterna dourada, fazendo sombra no prateado, de onde podia-se visualizar o romance e o mistério dos céus.

 

Na noite não se ouvia as vozes dos românticos, só o cintilar dos vagalumes fazendo brincadeiras nas asas do vento.

Voavam rodopiando quase perto das estrelas, fazendo coreografias dourando a poeira do ar. E logo depois mergulhavam ao redor das margens do lago, para encantar as águas profundas da minha íntima natureza.


As palavras na verdade eram os vagalumes das tuas páginas que foram me encantando, fazendo danças românticas no meu coração.

E assim senti a vibração da natureza, lançando romance na minha saudade adormecida.


Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®





Haikai no Folclore -Festa Junina II * Santo Antônio




Santo Antônio

 


O casamenteiro.

Carrega o Menino Jesus

Nos braços de Amor .

 

 

Doutor da Igreja

O Doutor do Evangelho

Rica pregação.

 

Mãos caridosas

Ao indigente ele abençoa

Com o pão nas mãos.

 

 

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

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Santo Antônio é conhecido

 por ser casamenteiro. 

É a ele que moças solteiras recorrem

 para achar um noivo. E como o santo sofre! 

A imagem dele é colocada de cabeça

 para baixo pelas jovens, 

que dizem que só o colocam 

na posição normal 

se um namorado aparecer.

 Na madrugada do dia 13 

são feitas várias simpatias

 com essa intenção.

 Mas Santo Antônio também 

é conhecido por ajudar-nos 

a encontrar objetos perdidos

 e por ser protetor dos soldados 

e dos comerciantes varejistas.


https://saopaulosao.com.br/nossos-encontros/1715-a-hist%C3%B3ria-da-tradi%C3%A7%C3%A3o-e-os-santos-homenageados-nas-festas-juninas.html#



O Dia de Santo Antônio

é comemorado anualmente em 13 de junho.

Santo Antônio é patrono das mulheres estéreis,

 dos pobres, dos viajantes,

 dos pedreiros, dos padeiros, entre outros. 

Devido à sua caridade com os pobres,

 com frequência se representa 

Santo Antônio oferecendo pão a indigentes.

 Santo Antônio também é considerado

 um dos doutores da Igreja,

 sendo chamado de “Doutor do Evangelho”,

 pela riqueza da sua pregação.


https://www.acidigital.com/noticias/hoje-e-festa-de-santo-antonio-de-padua-o-santo-de-todo-o-mundo-83373



 

 



Em Ti Alvoreço e Anoiteço

 








Em Ti Alvoreço e Anoiteço

 

 

Os olhos que capturam os meus

A boca que avisa o beijo e abençoa

Antes de se perder nos lábios meus

É a presença do homem que ressoa.

 

 

Quando vens e me abraça ardente

É água fluindo na intensa saudade

O destino soletra baixinho diligente

A vida pulsa na nossa eternidade.

 

Na chuva de flores incessantes

As estações repletas de encanto

Lembra o sabor da água nascente

Do nosso amor doce e romântico.

.

 

Chuva de vagalumes

Clareia-nos enamorados

Sob a árvore do teu peito assim alvoreço

O chão do nosso amor é consagrado

Luar do desejo, em teus lábios, anoiteço.


Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®

 


 



Admirável Mestre - Leonardo di Ser Piero da Vinci

 





Leonardo da Vinci


Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, foi um polímata nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. 

Wikipédia




Pesquisa

 

Leonardo da Vinci, pensamos logo no artista e inventor.

Não vou aqui estender na biografia magnífica deste Mestre pois o seu patrimônio já é do conhecimento da humanidade.




Destaco aqui está descrição de Vasari para adicionar:


“As descrições de Vasari


De acordo com Vasari ,"no decurso normal dos tempos nascem muitos homens e mulheres possuidores de talentos características notáveis; mas ocasionalmente, de uma forma especial que transcende o natural, uma única pessoa é maravilhosamente dotada pelos ceús com beleza, graça e talento em tanta abundância que deixa os outros homens muito para trás... todos reconhecem que esta é a verdade acerca de Leonardo da Vinci, um artista de beleza física invulgar que se comporta com infinita elegância em tudo o que faz e que cultiva o seu génio tão brilhantemente que todos os problemas que estudou foram resolvidos com simplicidade. Possuía grande força e destreza; foi um homem de esplêndido espírito e com uma tremenda inteligência...”


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vida_pessoal_de_Leonardo_da_Vinci




Na minha postagem quero deixar registrado que a sua grandeza nas criações se estendeu também na preciosa literatura renascentista.

Hoje vamos lembrar outra face do imortal gênio.

 Leonardo foi um escritor   fantástico, a sua prosa considerada uma das melhores do período. As Fábulas, escreve com tal maestria reconhecido pela qualidade de seus textos, curtos possuem o melhor da prosa narrativa.

 Nas Fábulas de Leonardo da Vinci inclui uma série de desenhos do próprio autor.






 

Deixo aqui duas delas

 que encontrei na blogosfera

 para apreciarem o talento inesgotável 

do Mestre Leonardo da Vinci.





O Pintassilgo​


Ao voltar para o ninho, trazendo no bico uma minhoca, o pintassilgo não encontrou seus filhotes. Alguém os havia levado embora durante sua ausência.
Começou a procurá-los por toda a parte, chorando e gritando. A floresta inteira ecoava seus gritos, mas ninguém respondia.
Dia e noite, sem comer nem dormir, o pintassilgo procurou seus filhotes, examinando todas as árvores e olhando dentro de todos os ninhos.
Certo dia um pássaro lhe disse:
- Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro.
O Pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro. Pousou no telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio - ninguém.
Então, levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela. Os filhotes estavam presos lá dentro.
Ao verem a mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-lhe que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão.
Em seguida, com um grito de grande tristeza, voou novamente para a floresta.
No dia seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola dentro da qual seus filhotes estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um a um, através das grades, pela última vez.
Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos morreram.
- Antes a morte - disse o pintassilgo, - do que perder a liberdade.


Fábulas de Leonardo da Vinci

https://www.valinor.com.br/forum/




O jumento e o gelo


Era uma vez um jumento que estava muito cansado e sentiu-se sem forças para ir até o estábulo.

Isso aconteceu no inverno, e fazia muito frio.  Todas as ruas estavam cobertas de gelo.

— Vou ficar aqui, disse o jumento, deitando-se no chão.

Um pequeno pardal voou para junto dele e murmurou-lhe ao ouvido:

— Jumento, você não está na rua, mas sim sobre um lago congelado.  Seja prudente!

O jumento estava cansado.  Não tomou conhecimento do aviso.  Bocejou e adormeceu.

O calor de seu corpo começou aos poucos a derreter o gelo, que, finalmente, estalou e partiu-se.

Ao ver-se dentro d’água, o jumento acordou aterrorizado.  E enquanto nadava na água gelada, arrependeu-se por não ter ouvido o conselho do pardal amigo.



Fábulas de Leonardo da Vinci

https://peregrinacultural.wordpress.com/