Horas
Ciganas
Nas águas do lago as nuvens se olham no espelho, se agrupam e se formam simplesmente belas. Os seus flocos de algodão doce, com o sabor de sorrisos só de olhar causa vontade de tocar. A vontade é tão grande de acariciar, como quando vemos os flocos de lãs nas ovelhas macios, como as pétalas aveludadas das flores despertando no alvorecer. Assim deixam as nuvens o céu enfeitado.
Ao
lado do lago uma moldura de pinheiros tentando as nuvens alcançar, talvez para
se aproximar do céu e se movimentar de um lado para outro. Só de olhar quero me
escorar no tronco dos pinheiros transmitem a força da natureza que impera.
Aos
pés dos pinheiros um gramado perfeito mostra que no quadro silencioso, tudo é
meticulosamente caprichado. Um tapete
verde tão lindo poderia ser um ótimo lugar para a Poesia se deitar, ficar assim
pausada velejando nos braços das nuvens.
No ar
todo um aroma dos pinheiros exala, o vento andarilho espalha o perfume que até
apenas olhando pode se sentir. Um perfume delicado que nos torna como o vento
viajantes clandestinos em seu aroma.
Ao
planeta com seus recantos escondidos, mas tão visível na pausa das horas ciganas.
Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®
Linda descrição poética! Com teu sublime olhar viajamos num minuto da terra ao céu! Parabéns pela beleza poetica que encanta! Bjs
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