Viva
Terra
Deixa-me sentir o silencio das
alamedas vazias
O cair indolente da madrugada hoje
faceira
O revirar do brilho das estrelas em
harmonia
E o vento cuidando doce das letras
videiras.
Deixa-me revirar meu avesso como uma
pluma
Nas folhas ainda brancas do amanhã
latente
Enquanto faço ensaios da meia luz
vagamente
Nas redomas do eu a viva terra, fértil
perfuma.
Talvez a voz liberta revigore o sonho
das linhas
Nos traços retomados os desejos
cultivam
Leves acrobacias fluindo as chamas
revivam
Tingindo os campos vão colorindo as
vinhas.
Enfim tua voz de letras sempre
fremente
Aquecem alma ao som da rima no poente.
Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®
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