Direitos Autorais Reservados®
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"A minha escrita permeia sentidos românticos,
restaura a solitude e acolhe a beleza da vida
para ser-te Poesia."
Marli Franco

Sabor de Profecia
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Sonhos de Avelãs
Eu estou a um passo de ti Poesia!

Café versos Sorvete
Café versos Sorvete
O ponto exato do sabor inigualável
Do quente e do frio dos pontos distantes
Sem desmedidos ajustes dos arremates
Entre as oscilações voláteis da temperatura.
A toalha alva sustenta o pires e a xícara
Que aparece para receber com aroma notório
O café exalando seu elixir dos diletos momentos
Lançando seu triunfo na mesa lotada dos apetrechos.
Invade um pensamento ousado
E surge sua majestade irreverente
O escandaloso sorvete se mostrando na taça
Lembrando sua realeza na contenda dos momentos.
No som dos sorrisos das conversas amigáveis
Com o pano de fundo do suave piano de cauda
O sorvete de creme invade o café nos toques da colher
A mistura é excêntrica o paladar reage na sublime fusão.
O café derrete o sorvete na xícara aquecida
Que deixa sua marca na espuma esquecida do vapor
Nos momentos especiais que a união consagra
Na estalagem o clima que flui é da mais tenra poesia.
Marli Franco
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Brincar de Bola
O Espantalho
Lua, que abusa e usa de todos os versos e prosas para se dar ao luxo de apenas ser citada já que é impossível olhar o céu e não buscá-la.
Conto * O Olhar e a Sala-- -Capítulo IX - Veredicto Final
O Olhar e a Sala
Capítulo IX - Veredicto
Final
A sala foi surpreendida em uma manhã ensolarada
daquelas que o vento chega fazendo festa nas rodas da cortina, algo prometia
logo mais, com certeza...
Era o Invasor apressando o passo no corredor e
entrando na sala agitado com seu laptop escorregando sobre a mesa, sua pasta e
seus muitos papéis de catedrático.
O peito arfava com algo em seu íntimo que acusava
alguma decisão estava acertada. Ajeitou a cadeira, foi até a janela só para se
acalmar, pois seu interior explodia...Ela a Íris o tinha levado à loucura com
sua ausência proposital, com seus passos leves voltando no corredor; com suas
indecisões cada vez mais temerosas, fazendo –o voltar às viagens coberto com o
manto que ela usava de dúvidas; fazendo-o perder o gosto pela aventura, já que
seu pensamento parecia colado ao seu nome.
Mas agora o limite tinha chegado...A decisão estava
tomada e não era mais dela era só dele. tempo havia determinado o desfecho que
ele queria, tinha sido seu copiloto nas artimanhas da vida.
Era só aguardar a chegada da Íris, pois ela viria,
sentia dentro de si sua aproximação e tudo seria cobrado com juros acumulados,
nesta ausência que o deixara com os nervos à flor da pele, a saudade queimando
dentro de si e seu coração se rendendo em todas as lembranças dos encantos de
um beijo, tudo seria cobrado sem piedade...
A sala tudo observava, sentia na mesa a fúria no
teclado se agitando sob os dedos do Invasor, a prosa pulsava em sua mão e
tomava vida no texto que assumia todas as linhas da estória e a poesia...
Ah! A poesia se aproximava no corredor com a
suavidade e a temeridade de quem sabe que será subjugada, que antes de ser
escutada o Invasor já falaria seu veredicto no desfecho desta estória de apenas
nove capítulos.
E foi com este passo que a Íris abriu a porta
fazendo o Invasor ficar surpreendido apenas em um minuto, com sua imagem e seu
olhar de tom mais acentuado como as águas de um rio que cobria os do Invasor,
tão negros como a noite, tão intensos como os seus mistérios.
Um segundo apenas bastou para a Íris sentir-se
puxada em um abraço inesperado, que em seguida sem uma única palavra foi
raptada por um beijo intenso sem meios ensaios, um beijo que trazia toda
volúpia que a emoção consegue arremessar os amantes em uma entrega total e sem
volta...
Não havia mais nada a fazer, só se render ao
Invasor nesta ânsia e neste desejo abrasador que lhe consumia o ar, não havia
mais volta, a entrega era total seus braços entrelaçados em abraços
apertavam-se concordando com todos os sonhos mais loucos, tornando realidade todas
as esperanças, mostrando que não haveria mais esperas. A decisão era esta, o
jogo terminara sem vencedores apenas com a rendição da paixão de ambos e foi
neste clima que uma única frase foi emitida, apenas para respirar o auge da posse.
Quando o Invasor sussurra:
--Poesia, você é e será, sempre minha...
Então a Íris busca os seus lábios para jogar beijos
de aceitação onde deposita os encantos das suas estrofes sob os lábios em Prosa
do Invasor.
E assim silencia o vento nas rodas da cortina,
aquece o sol pela fresta a sala, enquanto a Prosa e o Poema se amam
intensamente nos quadrantes do tapete, sob o olhar cúmplice da arca que
sorrindo sabe mais uma estória de amor seria fechada e guardada em suas gavetas
no meio dos guardanapos de branco linho.
A Íris e o Invasor se transformam em Prosa e Poema
e caminham sem pressa nos laços de abraços na mesma inspiração que só uma
paixão tem o dom de criar e na escrita perpetuar.
Se o Invasor no início dos capítulos era amante da prosa hoje tem como melodia som da poesia e se a Íris era apenas versos hoje possui descontraída nas mãos as linhas da prosa para navegar além das estrofes.
Invade a prosa no poema
Sem aviso penetra nos versos
Faz acordes de rimas esquecidas
Tece abraços nas janelas dos parágrafos
Entrega-se o texto nas reticências...
Apaixona-se pelo encanto nas entrelinhas
Nas paralelas da liberdade esconde a métrica
Mas não perde a melodia de amar a poesia.
Sem perceber ambos se completam
Nas mesmas linhas, nos mesmos parágrafos.
Juntos possuem os mesmos pontos
Em seus corpos os mesmos sonhos.
Então se encerra uma só conclusão
Na arte da escrita a estrada se veste
Ora de prosa ora de poesia para expandir
A inspiração na arte do amor na criação.
Fim
Marli Franco
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Conto * O Olhar e a Sala-Capítulo VIII....Caminhos Incertos
O Olhar e a Sala
Capítulo VIII - Caminhos Incertos
O tempo na sala ficou ausente, tinha parado e tudo
parece que estava estagnado sem a presença dos dois personagens principais que
fazia a sala pulsar.
A vida andava diferente com a presença de ambos, a
sala sentia o palpitar em cada olhar e girava removendo ilusões e sonhos que
faziam até a arca tão silenciosa participar com o abre e fecha das suas gavetas
na marcação de mais uma estória.
O invasor havia resolvido voltar das suas viagens,
era um andarilho nato e a íris poderia fazer sua vida mudar, ele ainda não
queria sentir todo aquele sentimento que tinha vindo pegar seu coração de
surpresa.
A íris por sua vez queria voltar ao seu tempo, sem
nada para perturbar sua vida tão sem movimentos bruscos, queria de volta sua
estabilidade onde seus sentimentos caminhavam sob a luz do passado, o presente
era fictício e o futuro apenas reprise do presente.
O invasor com seu porte e dominante a perturbava em
demasia, subjugava sua vontade e isso seria muito para retirar do seu mundo e
estilhaçar seu coração. O pavor de tanta mudança estava rondando e tudo isso
era assustador.
Se por um lado o invasor era parte fundamental na
sala, por outro o seu recanto sem ele ficava estranho.
A cortina já não brincava com o sol parecia querer
e ser telespectador de uma cena que ainda não acabara. A mesa anfitriã estava
estática esperando a chegada de ambos, pois até o vaso fazia apostas que ambos
teriam que resolver o impasse. O tapete e a arca apenas observavam todas as
apostas, na verdade a arca tinha um palpite, mas não queria fazer nenhum
aparte, pois estórias de paixões assim eram sempre guardadas em suas gavetas.
O dia se findava, mais um dia se passou e a sala
não teve visitantes, estranho que se ouvia passos chegando até a porta...
Parava ... E retrocedia... Se distanciando ao longe...
A arca tinha observado tudo, tinha certeza de que
tanto a íris como o invasor, ambos tentaram voltar para sala, mas algo os
detinha...
Incrível como um beijo pode atingir os amantes, deixando-os
na mais louca indecisão de mudar caminhos e alterar o cotidiano.
A íris com sua poesia e o invasor com suas prosas
ambas envolvidas na mesma linha e ambos tentando fugir das linhas já traçadas
pelo destino.
Existe um tempo que uma prosa pode se transformar
em poesia, mas e uma poesia poderia também se vestir em prosa?
Tudo a arca questionava e muitos detalhes da sala
ela observava, com certeza saberia o desfecho de toda trama, mas estava
silenciosa ainda não era o momento de revelar aos seus ocupantes qual seria o
final...
Mais um final se preparava com certeza, fosse prosar
ou poesia, um final era inevitável para resguardar mais uma vez as letras, nas
gavetas dos seus mistérios mais um romance ali passado...
Clareia o sol carregando meus passos
Lembra teus abraços me buscando
Que se lança em seus lábios sorrindo
Na magia da vida que se pronuncia
O cristal da tua vontade que aguça
No cálice de um desejo impossível
Pedinte de licores de pétalas suaves
A sorver na fragrância de uma fantasia
O elixir do Éden na poesia.
Marli Franco
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