"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Silêncio das Águas

 



Silêncio das Águas


No eco do papel, naveguei nas águas pálidas

Não havia margens, senti falta do vento

Da brisa e dos pássaros o doce canto

O papel é jangada nas águas plácidas.

 

No silêncio, uma folha nua e declarada

Na quietude do poema, o balanço corriqueiro

Sem sílabas ondulando, sem o ar costumeiro

Uma introspecção profunda, sem paradas.

 

 O momento visível feito fogo é sensível

A poesia estava ali na alma vibrante

Nas bordas da folha a elegância perceptível.

 

Uma suavidade nata se uni a firmeza

A elegância flui com harmonia flagrante

Uma virtude na voz do silencio é certeza.


Marli Franco

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As Folhas Cantam

 


As Folhas Cantam

 

A música na porta da alma solfeja.

Avisa que o outono está despertando

As folhas caem suaves e vão estalando

Alonga nos braços do vento e verseja.

 

No calendário o compasso é da estação

Da melodia que vai se aconchegando

Com as mantas xadrez vão serenando

Reflexivo o outono é a preparação...

 

As folhas estalam, um ato pictural

A música é divina no ciclo, completa

O toque magico da orquestra natural.

 

A vida declara no tom outonal

Das folhas caindo tal borboletas diletas

Avisam o deleite da esperança sazonal.


Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®