Adega Íntima
O tempo passou na volúpia do descaso
O acaso que escorreu no cálice da vida
Na partida os lábios com o doce paladar
Amar sem segurar a haste prometida.
Olhei de frente para o cálice e o vinho
O caminho rubi diluído se movendo
Lembrando ali o líquido efeito do amor
O vigor até onde foi evaporado na dor.
Analisei como um enólogo este passado
Decantado vinho na adega já perfeito
Eleito e reverenciado em longos tempos.
Guardei toda vastidão de saudades
Vontades de uma atenta sommelier
Voyeur na adega liberta da recordação.
O amor e sua videira, uvas delicadas
Abnegada na aliança da parreira viva.
Missiva dos sonhos que vinhos fecundos!
Marli Franco
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Belissima poesia!!!! Parabéns Marli pelos versos que te habitam! Bjs
ResponderExcluirOlá Vilma Piva gracias pela presença e gentil comentário querida Poeta uma alegria te receber.Bjs de violetas
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