O Rouxinol
Quando te ouvir com o canto de Orfeu
Deixando o sonho correr as minhas margens
Nas dobras das horas incoerentes do relógio
Sentirei o som dos versos quebrando o silencio.
Então deixarei a solidão seguir teus passos
Sentirei tua presença exultando-me no espaço
E minha alma sendo o abraço de um lago silente
Esperando o momento de fundir-me em teu mar.
Haverei de confinar-me neste abstrato sentir
Onde não sei quando você sussurra enfim
Ou quando é eu amando-te assim a emergir
Acariciando tua voz na freqüência além de mim.
Receberei afinal um tempo do relógio
As estrelas farão brilhos de advertências
Criando sinais significativos de alerta
Para iluminar-me na tua voz de rouxinol.
Olharei assim teu corpo, um poema, o meu farol.
Teu título à luz que me instiga no fluir da vida
Girando meu ser em uma aliança indestrutível
A sentir pleno na euforia da poesia inextinguível...
Marli Franco
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querida!!
ResponderExcluirLuz é ouro aqui!! que delícia de blog!! passo rápido às vezes, mas hoje quero deixar minha pegada! Um beijo grande e meu carinho!
Muito bom. Isso me fez lembrar "O rouxinol e a Rosa" de Oscar Wilde.
ResponderExcluirBeijos!
Marli, querida, lindissima poesia!
ResponderExcluirImagens poeticas que nos enlevam.
Parabéns!! Beijos!