O Meu Silêncio
Lilás é a liberdade que me clareia.
Juro o que desejo e como almejo...
Em uma tempestade me torno oásis,
Sou tinta, a cor pura em um lampejo
Assim sou o que sou e de mim versejo.
Ontem e agora minha criação doutrina,
A letra na minha morada é presente divino.
Silêncio na voz, ainda que a vontade grite...
A harmonia que em mim habita não permite,
Desnecessário gastar energia em vãs sensações
A expressão maculada é como o vazio das paixões.
Não compensa a perturbação na limpidez do âmago
Nada farei então, ao pé do teu devasso amargor
Em tua criação desestabilizada embebida em cicuta.
Que o azeviche que escorre em tua ironia,
Não verta mais na minha veste de noite vazia.
Já que manchou tua camisa nas sílabas de fel,
O teu pecado foi além do além, perdeu-se no papel.
Voltou de onde nunca saiu,
Na tua mão ali se esvaiu.
No final de tudo eu bebi o riso da madrugada...
Na minha taça da liberdade brindei relaxada,
O pensamento no dia seguinte foi um juramento...
Marli Franco
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