"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Conto * Aves Místicas I - A Caçada

Aves Místicas I
A caçada

Havia um mundo das aves, e de tempos em tempos a natureza permitia que elas não entrassem em extinção.
As aves uma vez por ano podiam se transformar em mulheres para o Betame comemorar e suas espécies assegurar.
Os caçadores eram necessários para procriação, um grupo era selecionado pelas leis do universo, unidos em um pelotão seguiam para a mata.
Um pelotão estava armado, cheio de garra indo para a mata fechada com intuito de fazer uma caçada, mal sabiam o que os aguardavam...
Em vez de ir à caça como pensavam, todos ali homens destemidos cheios de guarnições seriam apenas caçados e colocados à disposição pelas aves místicas.
Corria o boato por todo planeta que quando os caçadores vinham em busca de caça, as árvores avisavam todos os animais e eles logo faziam festa, pois a data era do Betame a festa da primavera. a festa profana da procriação.
Um misto de festa pagã acontecia onde macieiras floriam, suas flores no chão faziam a cama e o perfume delas um afrodisíaco natural deixava os caçadores imbuídos do dom original o Amor.
Os caçadores de nada sabiam, como loucos seus utensílios poliam, buscavam cada vez mais indumentárias, guarnições e tudo para serem precisos na pontaria da caçada.
Mas o que caçariam? Nem sabiam...
Era só um esporte, uma ação, um disparate qualquer para se unir, rir enfim relaxar...
Sem nada para pensar tal qual um jogo de futebol, uma bola e todos correndo dois extremos de muitos palavrões e muitas mães voando na arquibancada. Meninos crescidos, quanta paciência...
Alegres de botas seguiam adentrando o mundo da mata com suas armas.
No primeiro km um deles fazendo graça come uma fruta envenenada...
Estrebucha tanto que os outros pasmos olham pensando que é teatro. Então dando o famoso murro nas costas, destronca o pescoço do coitado, tal qual uma galinha atropelada na máquina de frango da padaria da esquina.
Quando descobrem que a coisa era mais seria as brilhantes idéias surgem: vamos dar cerveja o grande remédio, um mais elaborado manda dar uísque, o outro diz que não vamos dar vodca. Enfim depois de tantas idéias perfeitas vem um e resolve fazer o coitado vomitar...
Grande idéia surge novamente, dando um sapato pra cheirar, por ironia do destino o coitado assim foi salvo, todos aplaudiram e os lobos que ali rondavam também.
A caminhada continuou dias sem nada diferente, as aves olhavam e simplesmente achavam que o ano nada de bom prometia os deuses estavam contra alguma coisa. E aquele grupo especial o que prometia?
O melhor era mesmo passar o perfume das flores da macieira e aguardar, como as águas do rio que deslizam ao sabor da brisa.
Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®



Abaixo   título do segundo capítulo


Aves Místicas II

A Conquista




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